Mãe é mãe

Eu adoro as mães, são seres mágicos. Começando pela minha… mas quando eu paro para falar sobre essa criatura, haja adjetivos, lenços e babadores, me emociono e babo muito, muito mesmo. Sou filha coruja assumida.

Há alguns dias tentei consolar uma amiga, que é mãe de uma menininha linda, de pouco mais de 2 anos de vida. Ela estava com o coração partido em pedacinhos, pois voltaria a trabalhar e precisaria colocar a pequena na escolinha. E quem disse que ela conseguia? Teve pena de entregar a sua cria para o mundo, medo de deixá-la sem a proteção – incomparável – de mãe, e pânico de ficar sem a filhota por perto.

Apesar de ainda não ser mãe, eu posso calcular a aflição dela. Aliás, acredito muito nessa coisa toda de instinto materno, e tenho certeza que o tenho, ainda que eu não tenha experimentado “padecer no paraíso” como todas as mães. Por outro lado, canso de ver mulheres que colocam vários filhos no mundo e, ainda assim, o famoso instinto materno passa bem longe delas. Não adianta, esse não é o tipo de coisa que se aprende, ou você tem, ou não tem.

Tentei convencer a minha amiga de que seria bom para a menina, mostrei os pontos positivos, expliquei que a filha dela não era tão nova assim para começar a estudar, que ela não estava fazendo covardia nenhuma e que  não precisava se sentir tão mal assim. Eu sabia que isso não aliviaria a sua dor, mas já que era uma coisa inevitável, naquele momento, seria bom ajudá-la a enxergar o lado positivo.

No primeiro dia de aula, depois de se emocionar ao ver sua pequena de uniforme e tirar muitas fotos para registrar, ela e o marido a levaram à escola pela primeira vez. Ao chegar lá, ela sequer choramingou, e se despediu dos pais alegremente – “Tchau mamãe, tchau papai !!!”, no entanto, quem ficou aos prantos foi a minha amiga.

Eu não conheço, nem nunca ouvi falar num amor maior e mais sincero que o materno. Conheço, inclusive, mulheres que não são as melhores esposas, as melhores amigas, as melhores profissionais, as melhores filhas, mas, sem dúvidas, são as melhores mães do mundo para seus filhos.

Quando a mulher se torna mãe, ela nunca mais volta a ser a mesma. Pode até ser que os seios caiam, que o corpo dela mude,  e a sua vida provavelmente nunca mais será  como antes. Mas, certamente, ela fica mais iluminada e se torna uma pessoa melhor. Ela pode ser chata ou legal, antiquada ou moderninha, bonita ou feia, pode até exagerar na preocupação e nas reclamações, pode não acertar na educação sempre, e tem até direito a ser um pouquinho possessiva e ciumenta de vez em quando, mas vai ser sempre muito especial, afinal, tem bênção maior do que dar a vida a outro ser?

Em homenagem ao post maternal de hoje, escolhi um vídeo que mostra um pouquinho da série Mothern, exibido no GNT – que eu acho simplesmente o máximo – para nós nos deleitarmos e as mães se identificarem.

Roberta Simoni