Nesses últimos tempos em que estive ausente do blog – e quase morri de saudades, por sinal – eu meti os meus pés na estrada (do jeito que eles gostam de estar…) e estive em muitos lugares, com muitas pessoas. Pessoas que eu tinha que conhecer nesse percurso, pessoas que eu precisava rever, caminhos que eu precisava percorrer, experiências que eu tinha que viver, amigos que eu queria muito abraçar, minha família que eu queria ver de perto como estava, sorrisos que eu precisava distribuir, e outros tantos que eu esperava ganhar há alguns longos meses…
Mais do que colocar meus pés na estrada, eu embarquei numa montanha russa de emoções, apesar de morrer de medo desse brinquedo. Ainda viajei sentada na primeira fileira, sentindo um enorme frio na barriga e o vento batendo na cara, ficando de cabeça para baixo e completamente descabelada.
Vivi uma infinidade de coisas, todas ao mesmo tempo, e agora que a montanha russa estacionou, eu ainda estou cambaleando para me levantar da cadeira, e saio completamente tonta e desorientada.
Felizmente meu estômago tem se comportado feito um rapazinho e não está me deixando sentir náuseas. Ao menos meu corpo, apesar de cansado, está intacto, agora é só consertar a minha cabeça – se é que isso é possível, no meu caso – e, quem sabe, finalmente aprender a ter senso de direção, porque eu estou pior do que cego em tiroteio que acabou de sair da montanha russa.
Só sei que todas essas sensações me trazem uma certeza: a de que eu estou bem viva, obrigada. E sentir a vida é um privilégio e tanto, a gente sabe disso.
Roberta Simoni