Notas de insights aleatórios

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– Tá comprovado: não sou boa em retribuir recadinhos e felicitações de fim de ano (ou de qualquer data comemorativa), mas no restante do ano você pode ser surpreendido com uma demonstração de afeto da minha parte a qualquer momento. E isso deve valer alguma coisa.

– Procuro comparecer a todos os meus momentos. Os bons e os maus, vivendo de corpo e mente presentes. É uma pena não poder dizer o mesmo dos eventos sociais que vou. Quando vou.

– A bula do remédio diz que minha libido pode diminuir e instantaneamente eu já acho que tô broxa. Todo mundo sabe que não se deve ler bulas. Mas o que se deve fazer quando se é o tipo de pessoa que sabe que não deve fazer determinada coisa, mas faz mesmo assim? E se a resposta estiver numa bula? Nunca se sabe.

– Meu novo corte de cabelo me faz lembrar a Velma, do Scooby-doo. E isso me faz sentir muito pouco atraente. E tudo bem.

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“Gente, a Velma disse gente!”

– Eu ainda não tenho nenhuma tatuagem no meu corpo por um único motivo: adiamento de escolhas, sobretudo as definitivas.

– Eu acho que quando a gente recebe uma má notícia, é demitido, leva um pé na bunda, perde dinheiro ou a dignidade, devia ganhar discurso do Bial como prêmio de consolação. Um “vem chorar aqui fora” parece menos desconfortável do que um “se fodeu”…

– Não adiantou nada você deixar uma camisa aqui se ela tá limpa. Se eu quisesse sentir cheiro de sabão ou amaciante, ia na lavanderia ou na minha área de serviço.

– Comi seu prestígio. Desculpa, mas você me arrancou suspiros e comeu meus sonhos primeiro e não me viu me queixar disso.

– Se eu perdesse o controle da minha vida com  a mesma frequência com que perco o controle remoto da televisão, tava ótimo. E olha que perco bastante o controle remoto.

– Você tá lá, vivendo sua vidinha e pá! Num piscar de olhos tudo muda. O tempo todo. Tudo-muda-o-tempo-todo. A gente precisa começar a assimilar isso, gente. Sério.

– Escolho melhor meus interlocutores para não ter que ficar escolhendo minhas palavras.

– Elegi algumas pessoas que falam o mesmo idioma que eu para gastar meu vocabulário porque descobri que desperdiçar verbo é tão grave quanto jogar comida fora.

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– Numa realidade paralela, quando tá calor, eu posso entrar na minha geladeira, que é, na verdade, uma passagem secreta pra uma praia paradisíaca, onde eu fico deitada numa rede sob a sombra de uma frondosa árvore, lendo o dia todo e tomando o sorvete que o moço bonitão do picolé vem trazer pra mim.

– Invejosos dirão que estou plagiando Nárnia, mas estou apenas fazendo uma pequena adaptação porque não sou obrigada a gostar de floresta com neve.

– Ainda não descobri o que fazer com as azeitonas que eu costumava transferir do meu prato pro seu.

– E se Deus fosse travesti? Cara, se Deus fosse travesti ia ser demais. Só queria ver a cara de vocês!

– Liberdade sexual não existe. Não para as mulheres. Ponto final.

– De um tempo pra cá, superlativos e advérbios de intensidade começaram a me incomodar muito. Por exemplo, esse “muito” aí na frase. Qual a necessidade? Nenhuma. Mesmo porque, se eu for parar pra pensar, eles nem me incomodam taaaanto assim.

– Viver é um ato de coragem.

–  Quantas pessoas cabem dentro de um ser humano só? Eu ainda não consegui somar meus habitantes. Você já?

– Frequentemente me vejo em situações tão surreais que me sinto como se tivesse acabado de sair do cinema. Levo um tempo pra entender onde eu tô, pra onde vou. O que tá acontecendo?

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– Não importa o tamanho dos fones de ouvido que eu uso durante minhas viagens diárias nos transportes públicos, as pessoas sempre vão ignorá-los e me escolher pra pedir alguma informação. Isso deve significar alguma coisa… mas eu tô com preguiça de pensar a respeito agora.

– O mundo tá mais moderno e eu, démodé. Tenho um celular todo metido à besta, mas continuo a mesma besta quadrada.  Ainda escrevo bilhetes, cartas, e acho meus cadernos mais eficientes do que smartphones. Pelo menos eles não ficam sem bateria.

– Comecei a levar a sério o uso do filtro solar, finalmente. Mas isso não significa que tomei juízo. Eu tomei, no máximo, dois goles de café hoje de manhã pra despertar e um baita susto quando vi meu reflexo no espelho.

– Tenho me voltado, com cada vez mais atenção, para as minhas emoções. E para o papel que elas desempenham na minha rotina.  E descobri que não há nada nessa vida que me abale mais do que o amor.

– Onde o amor prevalecer, lá vou permanecer. E onde tiver ar-condicionado também.

– Não olha agora, mas 2017 chegou e janeiro já tá na metade!!!

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Roberta Simoni

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