Eu confesso que já me fiz essa pergunta algumas vezes, especialmente nas vezes em que eu estive sob o efeito do álcool. Quando tudo ganha uma proporção maior que a real e as coisas parecem mais engraçadas, mais tristes e muito mais loucas. O mundo ao redor fica tridimensional, as pessoas andam com clones idênticos para todos os lados, e tudo se multiplica: seus dedos, seu dinheiro (para sua miséria), sua alegria e, em contrapartida, suas dores também.
Você ganha confiança, e perde a vergonha (é nesse momento que você começa a pagar mico), os seus movimentos ficam mais lentos, mas a impressão que você tem é que estão mais acelerados (é nesse momento que você cambaleia, parecendo o “João Bobo“). Alguns sentidos ficam mais apurados, outros bem menos, e o que estava divertido no começo, começa a ficar perturbador no final.
E, depois, sem mais se importar se você está na vida real ou não, ou porque está sentindo e vendo todas aquelas coisas diferentes e malucas, tudo que realmente te importa é saber quando aquilo vai passar, e se vai demorar muito para acabar, porque a terrível impressão é de que vai durar para sempre. Mas, no dia seguinte, você acorda, de volta ao mundo real. Ufa!
A má notícia é que no mundo real existe uma coisa chamada ressaca, e essa coisa te dá a impressão de que tem um elefante cruel-sadista-filho-da-mãe sentado sobre a sua cabeça, rindo da sua cara toda vez que você se lembra de alguma cena patética da noite passada ou – pior ainda – quando não consegue se lembrar de absolutamente nada. Então, você volta ao começo de tudo, e questiona – “Esta é a vida real?”. Depois promete que nunca mais vai beber na sua vida.
Quando eu vi esse vídeo, entendi perfeitamente como esse menino – sob o efeito de medicamento anestésico – se sentiu, e me acabei de rir. Mas, parei e pensei que essa deve ter sido a mesma reação de todos os meus amigos que já me viram bêbada alguma vez na vida tiveram também, e aí perdeu a graça.
Diversão boa mesmo é para quem assiste o bêbado de camarote, não para quem está bebendo.
Roberta Simoni
morri de rir do gurizinho, mas também não pude deixar de me lembrar das cenas que eu já devo ter feito alcolizada…
mas o pior de tudo é que mesmo sóbria, sem bebidas ou remédios, tantas vezes me pego nessa pergunta “essa é a vida real?”. porque as vezes eu juro que é um sonho (ou um pesadelo) e que vou acordar em seguida!!!
beiju e boa semana!
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Olá, xará, tudo bem?
Eu tb já ouvi falar ( mto bem, por sinal) sobre vc…
Que bom q gostou do blog, sempre q der apareça por lá! Vou linká-la aos meus favoritos tb…
Bjoks, Beta.
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Realmente…
A verdade é que eu poderia entender perfeitamente o que você quis dizer com o seu texto, Beta, se eu fosse um cara acostumado a beber. Eu nunca tive ressaca, mas imagino o quanto desagradável seja. Nunca troquei as pernas e saí por aí falando e/ou fazendo besteiras hérculeas, daquelas que serão lembradas pelo resto dos tempos por serem hereditárias. Daquelas que irão fazer com que o neto de seu melhor amigo diga: “Vovô, foi o senhor que uma vez acordou sem cueca e não se lembra de nada que acontenceu no dia anterior”?. Mas sinto que posso entender quem o faz.
Felizmente não bebo. Graças ao Bom Deus que não bebo.
Só não perdi ainda essa mania besta de mentir…
Beijão!
Igor André
(ordemincaos.blogspot.com)
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